Sarcoma Sinovial: Tumor raro representa cerca de 1% dos tumores malignos
Recentemente a esposa do apresentador Rodrigo Faro, Vera Viel, anunciou que estava com um nódulo maligno na coxa esquerda, conhecido na medicina oncológica como sarcoma sinovial, tipo de câncer raro, que, segundo o Ministério da Saúde, representa cerca de 1% das neoplasias malignas diagnosticadas. A empresária já passou por uma cirurgia para a retirada do tumor e, agora, fará 33 sessões de radioterapia.
O sarcoma sinovial geralmente aparece em músculos, tendões e articulações, sendo considerado um sarcoma de partes moles, porém existem outros tipos, chamados ósseos, além dos angiossarcomas, tumores dos vasos sanguíneos e cavidade uterina. Esses tumores podem se originar em vários lugares do corpo. Alguns casos, infelizmente, já são diagnosticados com metástases, ou seja, quando a doença já se espalhou para outras partes do corpo, geralmente, os pacientes com sarcoma sinovial são adultos jovens, com menos de 40 anos.
Assim como a maioria das neoplasias, o sarcoma sinovial é uma enfermidade que quando diagnosticada precocemente tem altas chances de cura. Os principais sintomas são uma nodulação em alguma região do corpo, principalmente nos músculos e coxa, além de formigamento no local. Então, o recomendado é que diante de qualquer anormalidade, bem como alteração de sensibilidade, o paciente deve procurar um médico para estender a investigação, que consiste em exame de imagem, normalmente uma ressonância da região.
Em seguida, a área com nodulação é biopsiada – procedimento que consiste na retirada do fragmento tumoral para análise patológica.
Somente após esse processo é que é feito o diagnóstico para o posterior início do tratamento, que pode se dar por meio de cirurgias seguidas ou não de radioterapia.
Infelizmente, a doença não é prevenível e os fatores de risco não são conhecidos. Logo, o diagnóstico tende a ser bem casual. Realmente é uma doença ainda desconhecida da grande população. As crianças, geralmente, têm o sarcoma ósseo. Acontecem casos, inclusive, em que elas precisam operar e amputar a perna. Nos adultos, porém, há poucos indícios de diagnóstico.
Elisa Fontes, Oncologista