Câncer de testículo liga sinal de alerta para os mais jovens

O câncer de testículo é uma doença que afeta a saúde masculina e, apesar de ser raro, merece atenção especial. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), cerca de 5% dos tumores que afetam homens são de testículo. Por isso, é importante estar atento aos sintomas, fatores de risco e tratamentos disponíveis.

Um dos sintomas mais comuns do câncer de testículo é a presença de uma massa (nódulo) ou inchaço no testículo. Também podem ocorrer dor ou desconforto, sensação de peso e acúmulo de líquido no escroto; e dor ou desconforto nas costas ou abdômen. No entanto, vale ressaltar que nem todos os casos apresentam sintomas, e alguns podem ser assintomáticos. Pode haver dor até mesmo na região lombar. Além disso, a pilificação (distribuição de pelos) atípica e a ginecomastia, que é o surgimento de mamas, também podem ser sinais.

O diagnóstico é feito por meio de exames clínicos, laboratoriais e de imagem. O médico pode solicitar uma ultrassonografia para avaliar a presença de uma massa no testículo, além de exames de sangue para detectar a presença de marcadores tumorais. Em alguns casos, pode ser necessário realizar uma ressonância para confirmar o diagnóstico. É indispensável a coleta de alguns exames laboratoriais, coletas e avaliações feitas em conjunto com biópsia.

Os fatores de risco para o câncer de testículo incluem a idade - a doença é mais comum em homens jovens entre 10 e 40 anos, histórico familiar de câncer de testículo, criptorquidia (quando um ou ambos os testículos não descem para a bolsa escrotal) e anomalias congênitas. Além dos fatores principais, a infecção pelo vírus HIV também é um fator de risco para o surgimento desse tipo de câncer.

O tratamento para o câncer de testículo depende do estágio da doença e pode incluir cirurgia para a retirada do testículo afetado (orquiectomia), radioterapia e quimioterapia. Em casos mais avançados, pode ser necessário realizar uma cirurgia para a retirada dos linfonodos afetados. Vale ressaltar que, mesmo após o tratamento, é importante continuar com o acompanhamento médico para prevenir possíveis recidivas. Em algumas situações há alta probabilidade de cura e recuperação, que pode ultrapassar até os 90% em algumas situações. O diagnóstico precoce é fundamental.

Por isso, é fundamental que os homens realizem o autoexame testicular regularmente, além de consultas com o médico urologista. O autoexame é simples e consiste em verificar a presença de qualquer alteração no tamanho, forma ou consistência dos testículos. Se detectar algo incomum, o homem deve procurar imediatamente um médico para avaliação.

Em resumo, o câncer de testículo é uma doença que afeta a saúde masculina e merece atenção especial. É importante estar atento aos sintomas, fatores de risco e tratamentos disponíveis, além de realizar o autoexame testicular regularmente e consultar um médico urologista para avaliação. A detecção precoce pode aumentar as chances de cura e prevenir possíveis complicações.

Dr. Bráulio Nunes, Oncologista Clínico.