Câncer de mama – Sinais e Tratamentos

Além dos nódulos nas mamas, descobertos no autoexame e confirmados através do ultrassom ou mamografia, outro indício suspeito de câncer na região pode ser a presença de calcificações mamárias nos ductos, (pequenos tubos que transportam o leite até o mamilo). À medida que o tumor cresce, preenche os ductos e altera o fluxo sanguíneo desses canais. Com isso, as células da região morrem e são substituídas por cálcio. A forma como esse cálcio é depositado dentro dos ductos, determina a formação de calcificações, perceptíveis na mamografia, e que podem ser uma suspeita [de câncer].

 

Mas atenção: nem sempre a presença de calcificações mamárias pode ser um indício de câncer de mama. É necessário avaliar a quantidade, a localização e a distribuição dessas calcificações para que seja levantada a suspeita.

 

A mulher também deve procurar ajuda médica caso apresente inchaço de toda ou parte da mama (mesmo que não se sinta o nódulo), irritação de uma parte da mama, dor na mama ou no mamilo, vermelhidão ou inchaço na pele, espessamento ou retração da pele ou do mamilo, secreção serosa ou sanguinolenta pelos mamilos e linfonodos aumentados.

 

Vale a pena lembrar que na grande maioria dos casos, vermelhidão, inchaço na pele e mesmo o aumento de tamanho dos gânglios axilares são provocados por processos inflamatórios ou infecção (mastite, por exemplo), especialmente se acompanhados de dor.

 

Tratamento

 

Se a biópsia do nódulo, feita após a mamografia ou ultrassonografia, confirmar o câncer em estágio inicial, você pode ser submetida a cirurgias menores e à radioterapia, sendo poupada da quimioterapia. Por outro lado, quando a doença já é detectada em uma fase mais avançada, inclusive com metástases [quando o tumor já se espalhou para outros órgãos], o tratamento com a quimioterapia é necessário.

 

Não existe, obviamente, um tratamento único para todos os casos. O que se deve levar em consideração é que quanto mais cedo o câncer for diagnosticado, mais fácil será o percurso em busca da cura.

 

E o medo de perder as mamas durante o tratamento também não deve fazer morada na sua cabeça. Atualmente a medicina tem ganhado inúmeros recursos, com procedimentos cirúrgicos cada vez mais conservadores. Muitas mulheres começam se tratar achando que vão ter essa perda e depois percebem, no decorrer do processo, que a reconstrução pode ser imediata.

 

Existem ainda várias técnicas, chamadas de ‘técnicas de oncoplastia’, onde é possível fazer um remodelamento da mama, permitindo que a paciente não sofra com a perda estética. A mastectomia, por sua vez, será indicada apenas nos casos onde o tumor já está grande e agressivo.

 

                                Elisa Ramos – Oncologista clínica