Cuidados essenciais para pacientes com câncer prevenirem o coronavírus
Os pacientes oncológicos, que por conta da própria enfermidade passam a apresentar um quadro de baixa imunidade, também estão dentro destes grupos de risco. Sendo assim têm mais chances de desenvolver a forma mais grave do vírus. Só para vocês terem uma ideia, enquanto a taxa de mortalidade geral do coronavírus é de 2,3%, nas pessoas com câncer fica em 5,6%, conforme a OMS.
Os pacientes oncológicos com maior risco ao coronavírus são aqueles com tumores do sangue (leucemias, linfomas e mieloma múltiplo), que passaram por transplante de medula óssea e estão em tratamento com quimioterapia. Eles devem evitar contato físico, como cumprimentar com beijos e abraços, além do contato com qualquer pessoa que tenha sintomas gripais e/ou que esteja em investigação para possível infecção pela Covid-19.
É fundamental ainda que as pessoas deste grupo evitem o contato com outras que estejam chegando do exterior com ou sem sintomas gripais, principalmente de países como China e Itália, onde se concentram a maioria dos casos em âmbito global.
Já aqueles que necessitam ir a um centro de tratamento oncológico com frequência, devem fazer isso acompanhados de apenas uma pessoa, desde que esta não apresente sintomas de gripe. Visitas hospitalares, por sua vez, são permitidas nos casos estritamente necessários.
No mais, as outras recomendações aos pacientes oncológicos são as mesmas aplicadas a toda a população: manter a higiene das mãos, lavando-as com sabonete por pelo menos 40-60 segundos ou higienizando-as com álcool em gel 70% por 20-30 segundos diversas vezes ao dia; cobrir a boca e o nariz com o antebraço ao tossir ou espirrar; evitar ambientes fechados e principalmente aglomerações; e limpar e desinfetar objetos/superfícies tocados com frequência.
Se o paciente apresentar sintomas como febre, coriza, tosse seca e falta de ar, deve procurar o médico imediatamente. Por isso, o melhor a fazer é se prevenir sempre, afinal como diz o ditado, prevenir é bem melhor que remediar.
Charles Pádua – Oncologista do Cetus Oncologia