Coronavírus: Dicas para enfrentar o confinamento da melhor forma possível

Se você, que agora precisa trabalhar de casa ou até mesmo passar o máximo de tempo possível no conforto do lar, encontra-se desorientado, sem saber como conseguirá cumprir tal determinação e muito menos por quanto tempo, as dicas abaixo podem ser úteis.

 

A primeira medida é tentar estabelecer uma rotina, mesmo dentro do lar. Acorde, tente se exercitar pela manhã [é possível fazer isso, usando seu próprio corpo, sem necessidade de academia]. Caso não saiba como, uma dica é recorrer à vídeos na internet, produzidos por profissionais de educação física, por exemplo.

 

A segunda dica é ter cuidado com o excesso de informações. Basta ligar a TV ou acessar a web para sermos bombardeados de notícias, muitas delas sem a certeza de uma fonte segura. E isso fica muito mais latente quando estamos em casa. Sendo assim, que tal determinar um momento do dia para ter acesso à informação? Caso contrário, se você não tiver esse equilíbrio, enfrentar o confinamento e as incertezas sobre a duração desse processo pode ser bem mais difícil. Lembre-se que o estresse gerado pelo acúmulo de informações pode causar, até mesmo, ansiedade em síndrome do pânico.

Outra sugestão neste momento de isolamento social é aproveitá-lo para colocar as tarefas em dia. Dia desses, por exemplo, ouvi uma menina dizer que sempre quis aprender a fazer a própria unha. Quem sabe esse momento não é agora? Leia os livros que estão guardados e há tempo você deseja ler; faça cursos online e não deixe de se desenvolver e atualizar neste momento. Temos que enxergar a oportunidade para descobrirmos novas aptidões que, em nossa vida corrida do dia a dia, são mais difíceis de serem descobertas ou para as quais não damos a devida atenção.

Última dica, mas não menos importante é: Faça o que você gosta! Essa fase é muito oportuna para você ligar para as pessoas que ama, e a muito tempo não se falam. Nesse dinamismo do mundo virtual e dos contatos via whatsapp, esquecemos de falar ‘alô’, ouvir a voz do outro em tempo real, sem ser por meio de áudio ou apenas mensagem.
Que tal resgatar isso? Utilize a tecnologia ao seu favor, use e abuse das ligações de vídeo, por exemplo.

Assista filmes e séries em família, escute sua música favorita, aprenda meditação, cante, dance, se conecte com você mesmo!

E por fim: não fique preocupado sobre o quanto este confinamento vai durar, mas sim entenda que ele é extremamente necessário para que a velocidade da contaminação pela Covid-19 não avance. Prefiro me apegar aos ensinamentos que vamos tirar dessa experiência do que saber quando ela vai acabar. Dois deles, valem a pena ser destacados:

 

- Na dor é que, de fato, aprendemos a importância do quanto as pequenas coisas do dia a dia, como a liberdade de ir e vir, a riqueza de um abraço, são, na verdade, grandes e não se vendem nem se compram.

 

- A empatia é uma das virtudes mais importantes dos dias de hoje. Esse vírus traz à tona o conceito de coletividade, de nos importarmos com o outro, afinal se eu não me previno deixo minha família e entes queridos em situação de risco.

 

Toda crise possui um prazo de validade, uma solução e uma lição de vida. Vamos aproveitar para aprender com tudo isso.

 

Caso você sinta dificuldade de se conectar consigo mesmo, hoje, existem vários grupos online de psicólogos, até mesmo gratuitos, que podem ajudá-lo à enfrentar esses dias difíceis. Não tenha medo de pedir ajuda. Estamos temporariamente isolados, mas a ideia é nos mantermos conectados e, juntos, superarmos este desafio global.
Com resiliência, sabedoria e confiança
Onde estivermos seremos NÓS: os NÓS de uma rede que transforma e aprende continuamente a colaborar.


Ana Luíza Andrade Müller Rodrigues – Consultora de Desenvolvimento Humano Organizacional do Cetus Oncologia