Saiba o que é Medicina Integrada e seus benefícios para o paciente oncológico
Área da saúde que vem ganhando importante espaço no universo médico, a Medicina Integrativa atualmente é realidade cada vez mais presente nas universidades, hospitais e clínicas. Ela enxerga o tratamento do paciente de maneira mais ampla e abrangente, além de levar em consideração dois pilares fundamentais que devem ser observados em qualquer processo de cura: corpo e mente.
Seja física ou psicológica, a enfermidade – segundo a Medicina Integrativa – deve ser tratada por vários profissionais de diferentes áreas. Enfermeiros, médicos, nutricionistas, psicólogos e terapeutas ocupacionais são alguns exemplos que fazem parte desta ampla rede de cuidados.
Aqui no Cetus Oncologia a interdisciplinaridade faz parte da essência da empresa. Possuímos, inclusive, uma equipe que se reúne semanalmente para analisar e realizar o plano terapêutico para os casos onde o atendimento integrado é pertinente. Auxiliamos o paciente desde os aspectos clínicos e sociais aos farmacológicos, nutricionais e psicológicos.
E esses processos interativos são, sem dúvida, de extrema valia, pois além de proporcionarem melhora na qualidade de vida e amparar quem está enfrentando uma doença, tornam a equipe mais humanizada, já que visam o paciente em sua totalidade. Um fato é certo na Medicina Integrativa: Os profissionais não podem trabalhar isolados. Imagine como seria o cuidado assistencial, se a psicóloga ficasse restrita apenas ao consultório ou se a nutricionista não pontuasse para seus colegas as necessidades do paciente no que tange à alimentação? Quando unificamos todas as informações, comparamos, analisamos e monitoramos, o resultado é uma assistência diferenciada. É este o objetivo e a marca do Cetus.
É impossível, por sinal, pensar na oncologia sem o atendimento conectado com diversas outras áreas. Embora muitas pessoas tenham o médico como figura central do tratamento, é importante considerar a saúde como uma soma dos aspectos psicológico, humano e biológico. Na oncologia tratamos o aspecto biológico e clínico. Mas o paciente precisa também de amparo psicológico/emocional, nutricional, entre outros, pois nem sempre o medicamento sozinho é capaz de trazer melhora total. Existem lacunas que não são resolvidas apenas com a quimioterapia. Muito pelo contrário: os outros acolhimentos podem, inclusive, deixá-lo mais forte para superar a quimio.
O acompanhamento nutricional adequado do paciente com câncer, por exemplo, é fundamental. A partir do momento que ele recebe os nutrientes específicos, ganha suporte e condições para continuar e manter o tratamento, ou seja, dar conta das fortes medicações e dos efeitos colaterais que elas, porventura, trazem. A nutrição correta fortalece o corpo e provoca queda na necessidade de internações e eventuais complicações. Um paciente bem nutrido reage melhor e mais rápido [ao tratamento] em comparação a um [paciente] desnutrido.
O psicólogo também tem papel relevante na medicina integrativa. Isso porque receber o diagnóstico de um câncer é, sem dúvida, um dos momentos mais difíceis na vida de qualquer pessoa. Nessas horas, por mais informado que o paciente esteja, alguns medos sempre vêm à tona, entre eles o temor da morte. Devido a todo esse turbilhão de emoções, a depressão pode se tornar um gatilho.
Embora o tratamento clínico seja a única forma comprovada pela ciência de curar um câncer, a ajuda emocional é um combustível precioso para fortalecer quem se encontra na caminhada de enfrentamento à doença.
Para auxiliar os pacientes do ponto de vista emocional, uma das iniciativas desenvolvidas pela nossa psico-oncologista Adriane Pedrosa é o projeto “Acolhendo a Dor com Amor”, cujo objetivo é assisti-los para além dos cuidados clínicos, empoderá-los de forma que possam lidar melhor com a doença e fazer com que enxerguem o problema sob uma perspectiva mais resiliente e otimista. Este é um dos benefícios do acompanhamento integral: Ao ter contato com diversos profissionais que mostram para o paciente não só a importância de mudar comportamentos mas que principalmente estejam disponíveis para estender as mãos, ele começa a lidar com mais assertividade com tudo que enfrenta. A caminhada rumo à cura fica bem mais leve.
Viviane Resende – Navegadora em Saúde