ALERTA: Excesso de peso atinge quase 100 milhões de brasileiros

No último dia 11 foi celebrado o Dia Nacional de Prevenção da Obesidade. A data, infelizmente, traz um importante alerta: Segundo o Ministério da Saúde, o excesso de peso atinge 96 milhões de pessoas no Brasil. Entre 2003 e 2021, a proporção de indivíduos nessa situação saltou de 12% para 26% da população. O grande problema desta doença crônica é que ela é fator de risco para diversas enfermidades como hipertensão arterial, infarto, Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC), diabetes mellitus, gordura no fígado, além de disfunção sexual, entre outros distúrbios metabólicos.

 

Quem é considerado obeso?

De acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), o critério utilizado para avaliar e classificar o estado nutricional de uma pessoa é o Índice de Massa Corporal (IMC). A fórmula para o cálculo do IMC é peso (em kg) dividido pelo quadrado da altura (em metros). Por exemplo: uma pessoa de 80 quilos e 1,70 de altura deve dividir 80 por 1,70×1,70, obtendo o IMC de 27,68.

O indício de excesso de peso pode se dar quando o IMC é igual ou superior a 25 kg/m². Já um quadro de obesidade deve ser investigado a partir do momento em que este índice é igual ou superior a 30 kg/m².

Vale lembrar, porém, que a classificação do IMC é apenas um dos parâmetros nesta análise, afinal quando a pessoa tem muita massa muscular, ele deixa de ser o melhor indicativo. O ideal é procurar sempre um profissional especializado para a avaliação correta.

 

Tratamento

As portas de entrada para o tratamento da obesidade no SUS são as Unidades Básicas de Saúde. É onde os pacientes, que muitas vezes procuram a assistência médica por queixas diversas, recebem o primeiro acompanhamento para tratar o problema. As intervenções são, sempre, interdisciplinares, com nutricionistas, psicólogos, endocrinologistas e cardiologistas.

A palavra-chave do atendimento é acolhimento, já que muitas pessoas obesas ficam envergonhadas, se sentem julgadas. Quando chegam a um serviço de saúde onde são acolhidas, ouvidas, há todo um impacto diferente na evolução do tratamento.

O combate à obesidade inclui, primordialmente, a priorização de um estilo de vida saudável, ou seja, uma alimentação equilibrada. Alimentos ultraprocessados, enlatados, excesso de carne vermelha, açucarados, frituras e fast food, devem ser retirados do cardápio ou consumidos de maneira mínima. Por outro lado, o consumo de hortaliças, frutas e vegetais são essenciais. A dica é descascar mais e desembalar menos. Além disso, exercício físico regular é fundamental para quem deseja se ver livre do excesso de peso.

Mas atenção: Não basta só fazer dieta e atividade física. Existe todo um contexto, como controlar o estresse, ter boa quantidade de sono e ingestão de água. Por isso é muito importante ser assistido por uma equipe multiprofissional, como disse acima.

 

Cuide-se! Sua saúde é sua maior riqueza!

 

Gisele Magalhães – Nutricionista